SENALBA-PR – NEGOCIAÇÕES COLETIVAS COM A INFLAÇÃO EM ALTA

Estamos nos aproximando da data base de novembro, a qual já cogitamos antecipar para o mês de outubro e a inflação segue em alta gradativa mês após mês. Esse cenário assusta ambos os lados, empregador e empregado. Por um lado (empregador) é difícil manter o “negócio” e os empregos com alta nos preços de insumos e matéria prima, carga tributária e falta de política de incentivos governamentais para as nossas Entidades empregadoras. Por sorte, boa parte dessas Entidades já têm algumas imunidades tributárias pela característica de não ter fins lucrativos. Por outro lado (empregado) a alta nos preços de bens de consumo e, em especial na alimentação, chegando a registrar uma variação superior a 30% no período pandêmico. Estima-se que 23,5% da população brasileira tenha vivenciado insegurança alimentar moderada ou severa entre 2018 e 2020, de acordo com o relatório mais recente da FAO - Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO, em inglês). E devemos observar que o desemprego está prestes a atingir a marca de 15 milhões de brasileiros. Veja a pesquisa recente sobre a cesta básica de alimentos elaborada pelo DIEESE.

O índice de inflação INPC, aferido pelo IBGE, registrou uma curva ascendente nesse ano de 2021. No mês de janeiro/2021 esse índice registrou o acúmulo de 5,45% nos 12 meses anteriores e esses percentuais foram aumentando significativamente mês a mês, chegando a ao percentual de 9,85% no acumulado em 12 meses para as negociações da data base do mês de agosto. Para a data base do mês de setembro, que considera o período de setembro/2020 a agosto/2021, o índice do INPC acumulado é de 10,42%. Veja na tabela abaixo a evolução do INPC acumulado por data base:

Com a inflação em alta e a recessão econômica aumentam também as dificuldades nas negociações coletivas para estabelecer os reajustes salariais e benefícios nos Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho. Durante o ano de 2021 uma média de 50% das negociações coletivas promovidas pelos Sindicatos e os representantes Patronais não chegaram a repor o índice de inflação acumulada. Apenas 17% das negociações coletivas desse ano obtiveram  ganhos reais (acima da inflação). Veja o boletim de Olho nas Negociações Nº 11, elaborado pelo DIEESE.

E será nesse clima de inseguranças, desemprego, crise econômica, pandemia e inflação em alta, que iniciaremos as negociações coletivas para a próxima data base que poderá ser antecipada para o mês de outubro, contabilizando assim o percentual de inflação aferido no INPC/IBGE no período de novembro/2020 a setembro/2021. Até o momento esse período registra o acúmulo de inflação equivalente a 8,51% de acordo com o INPC/IBGE, mas ainda falta a aferição do índice do mês de setembro.

As pautas para as negociações coletivas de renovação das CCTs 2021/2022 serão estabelecidas em Assembleia Geral que será realizada presencialmente, com todas as medidas de segurança contra a COVID-19, na sede do SENALBA-PR, dia 13 de outubro de 2021, às 18h30min. Por tanto, trabalhador abrangido pelas Convenções Coletivas do SENALBA-PR coloque desde já essa data na sua agenda! Mais detalhes sobre essa assembleia serão disponibilizados oportunamente.

Já a pauta para os ACTs 2021/2022 serão realizadas em datas distintas de acordo com a disponibilidade de dispensa dos empregados para participação das Assembleias e definição dos mecanismos de reunião.

Sempre na vanguarda, o Sistema SESI/SENAI/IEL/ABESSFI já contatou os SENALBAs do Paraná para definição do calendário de Assembleias e disponibilizou o uso e acesso do aplicativo para reunião virtual contratado pelas Instituições. As Assembleias terão início na próxima semana e o SENALBA-PR já emitiu o Edital de Convocação para a realização da AGE 13/2021 com os empregados do SESI/SENAI/IEL/ABESSFI de forma remota no dia 23 de setembro em dois horários 9h00 e 16h30. Veja o Edital de Convocação na íntegra.

VEJA O QUADRO COMPARATIVO ENTRE A INFLAÇÃO, OS REAJUSTES SALARIAIS E O CUSTEIO SINDICAL NOS ÚLTMOS 11 ANOS

VEJA O QUADRO COMPARTIVO DOS BENEFÍCIOS NAS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS VIGENTES FIRMADAS PELO SENALBA-PR


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